Com o objetivo de avaliar o uso do Vetiver (Vetiveria Zizanioides) como estratégia para a recuperação de lodo contaminado com cromo proveniente de uma Curtume no estado de Lara, foi realizado um ensaio em estufa para determinar o efeito das concentrações de cromo no lodo do Curtume no crescimento da cultura de vetiver em condições de estufa. Foi realizado um estudo experimental com um delineamento completamente aleatório, avaliando os seguintes tratamentos: T1 Lodo contaminado Sem Plantas de Vetiver; T2: Lodo Contaminado + Plantas de Vetiver; T3: Lodo Contaminado + Substrato (Adubo) + Plantas de Vetiver; T4: Substrato (Adubo) + Plantas de Vetiver. Os tratamentos foram replicados 10 vezes, totalizando 40 unidades experimentais. Antes do plantio do vetiver, foi realizada a caracterização do lodo residual e do adubo orgânico, determinando o pH, a matéria orgânica e a condutividade elétrica. Da mesma forma, antes do ensaio, foi determinada a quantidade de cromo, potássio, cálcio, magnésio, sódio, manganês, cobre, ferro e zinco presentes no lodo do Curtume. Após 15 e 45 dias do plantio do vetiver, foi avaliada a concentração de cromo no lodo e na planta. Os dados foram analisados utilizando ANOVA e o teste de Tukey, utilizando o programa INFOSTAT 1.0. Os resultados encontrados demonstraram que o desenvolvimento vegetativo, expresso em biomassa de raízes e biomassa aérea das plantas, foi maior nos tratamentos em que o lodo foi aplicado juntamente com o adubo, devido à contribuição nutricional, o que confere valor como fertilizante. Além disso, esse desenvolvimento vegetativo indicou que as plantas de vetiver se adaptaram às altas concentrações de cromo presentes no lodo, o que torna seu uso como fito-remediador promissor.
